Carnaval 2013 em SãoLuís

Carnaval em São Luís!

Eu quis abordar este assunto, porque, se comenta que a Passarela do samba, já tão conhecida na capital das muitas histórias e lendas,  pode sair de cena em 2013.

Li um texto com o título abaixo:

"Capital do Maranhão resgatou tradição dos Carnavais populares". 

Por Carlos Brazil

Destaquei alguns trexos interessantes:

Maria Michol Pinho de Carvalho, superintendente de Cultura Popular da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão:

"O Carnaval maranhense, dentro de seu contexto histórico, já passou por várias fases. Tínhamos, no passado, o que até se caraterizava como o terceiro Carnaval do Brasil. Muito popular, porque é uma cidade colonial que tem muito a ver com a configuração de Olinda (PE), por exemplo: as ruas estreitas, as ladeiras, praças. Então, o Carnaval tinha, mais ou menos até meados dos anos 1960, esse caráter tipicamente de rua, familiar, aconchegante. Havia o corso, formado por caminhões e carros que percorriam várias artérias do centro histórico."

"O Carnaval de rua daqui não é só um desfile de passarela. Ele tem vários circuitos e se espalha a partir do período pré-carnavalesco. Na realidade, logo em meados de janeiro a coisa já fica bem quente, e ele se espalha em alguns bairros. O forte mesmo é o bairro de Madre Deus. O segundo mais forte é o Cohatrac, nome de um conjunto habitacional. Os outros são o bairro de Angelim e Anil",

explica o teatrólogo Tácito Borralho, professor de Departamento de Artes da UFMA (Universidade Federal do Maranhão).

Tácito lembra que alguns dos diferenciais do Carnaval de São Luís são os blocos de ritmo, os blocos tradicionais e os grupos de tambor de crioula - que é uma dança de negros antiga, da época das senzalas, e que hoje tem uma força muito grande. "O corso - que eram carros alegóricos sobre caminhões que desfilavam - hoje está reduzido só à Casinha da Roça, em Tijupá, que é uma alegoria feita toda em palha, como se fosse mesmo uma casa de caboclo, com dançarinas de tambor de crioula dentro. ? uma alegoria muito viva, em que mulheres vão cozinhando na rua e distribuindo comida ao pessoal", diz o professor.

Há também a figura dos fofões: "Uma coisa que só tem no Maranhão é o fofão - aí em São Paulo não sei se tem; no Rio tem o Clóvis ou bate-bola; em Pernambuco tem o palhaço, que são coisas parecidas. ? uma figura da commedie dellarte, um tipo de estrião que é tradicionalíssimo e vive só aqui. ? como um pierrot ou um arlequim que não deu certo, que o caboclo não soube fazer a roupa e fez de chitão. Eles vestem uma máscara grotesca, maravilhosa, com nariz grande e tudo, sãm sós ou em blocos, mas não com acompanhamento musical, e fazem um grito assim como: Uhlahlah!!! Eles levam uma bonequinha na mão e uma vara para espantar as crianças ou os cachorros. A boneca é para pedir uma espécie de esmola. Eles fingem estar com dor de dente e gritam esse refrãozinho francês: Uhlahlah!!!", descreve Borralho.

Mas, a pergunta: vai ou não haver a Passarela?

Veja o que disse o assessor do prefeito Edvaldo Holanda Júnior, numa reunião com rrepresentantes das escolas de samba e blocos tradicionais de São Luís,  para discutir uma solução que viabilizasse a realização do desfile na Passarela do Samba:

"Há muita boa vontade da prefeitura em contribuir e organizar a festa, tanto é que destinou R$ 2 milhões para isso. Vamos esperar que a gente consiga negociar uma solução que seja melhor para todos os lados", disse Renato Dionísio,

O presidente da Associação dos Blocos Carnavalescos, Brasa Santana, voltou atrás na decisão de não desfilar, anunciada semana passada. "Os blocos nunca disseram não fazer passarela. Isso é posicionamento das escolas de samba. Nós queremos a passarela para manter vivo o desfile. Os blocos vão sem cachê, querem a passarela", disse.

*O Carnaval é uma manifestação popular que dá sentido ao que não é normal no dia a dia. Com a Passarela, que já é tradição, ou com o "Carnaval de Rua", cujas raízes estão fincadas na simplicidade do povo, sobretudo do povo do Maranhão, que faz do carnaval a vida, e da vida, um eterno carnaval; que tem como fantasia principal, a alegria e simpatia,  características principais alias, do povo desta terra, na arte de acolher quem por aqui chega para contribuir!...com ou sem passarela, haja o carnaval e o bom senso, principalmente da parte dos representantes, que  faça entender, que a população precisa muito mais do que 3 dias de alegria. Precisa-se de Saúde, Educação, e de todas as bençãos que a democracia pode e deve proporcionar a todos.*

De Jeremias Fotógrafo