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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Começa julgamento do goleiro Bruno por sequestro e assassinato


O goleiro Bruno, ex-capitão do Flamengo, começará a ser julgado nesta segunda-feira pelo desaparecimento e assassinato de sua amante, Eliza Samudio, em junho de 2010, com quem teve um filho.

Bruno, 27 anos, e outros quatro réus são acusados de assassinato, sequestro, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.

O processo em Minas Gerais pode durar 15 dias.

Segundo as investigações, o crime foi motivado pelo desejo da jovem de tentar provar na justiça, com um teste de DNA, que o jogador era o pai de seu bebê, que agora tem quase três anos, para assim receber uma pensão.

"Espero que se faça justiça, queremos a condenação de todos os réus e, principalmente, saber onde estão os restos de minha filha", disse a mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura.

Em dezembro de 2010, a justiça do Rio de Janeiro condenou Bruno a quatro anos de prisão por ter sequestrado Eliza, tê-la agredido e forçado a tomar drogas abortivas quando soube que ela estava grávida, em outubro de 2009.

O goleiro já cumpriu dois anos e quatro meses desta condenação e permanece preso.

Entre os outros acusados está o melhor amigo de Bruno, "Macarrão", a ex-mulher do goleiro, Dayane Rodrigues, e um ex-policial militar. Após o desaparecimento de Eliza Samudio, o bebê foi encontrado com parentes de Dayane Rodrigues.

Bruno e os acusados foram levados a um tribunal na região metropolitana de Belo Horizonte, em meio a forte esquema de segurança, informou a imprensa.

O corpo de Eliza nunca foi encontrado. O advogado de defesa de Bruno, Rui Pimenta, argumenta que não há provas dos crimes, de acordo com declarações recentes ao site G1 da Globo.

"Foi uma fantasia, que nunca aconteceu", disse.

A acusação, com base em uma confissão de um primo de Bruno, sustenta que Eliza foi morta em 10 de junho de 2010, seis dias depois de ter sido sequestrada.





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