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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Porque sou fotógrafo



Aos 13 anos de idade saí da casa dos meus pais, em Urbano Santos, MA  e fui morar  em Brejo, conhecida como Brejo dos Anapuruses ou Anapurus, nome de uma tribo indígena, que de acordo com a História habitou naquele lugar. Fui para um Seminário para estudar pra ser Padre; levado Pelo então Padre Xavier, um francês que escolhi como padrinho de crisma. No Seminário, em Brejo fiquei por mais ou menos 2 anos; não gostando  do tratamento que nos era dado no Seminário, pela pessoa que lá tomava conta, pedi  pra sair, e logo fui atendido por  meu Padrinho, vale aqui dizer que ele hoje, aos 76 anos de idade é Bispo; nada menos que D. Xavier, que durante mais ou menos 10 anos esteve como vigário de  S. Benedito do Rio Preto e Urbano Santo -MA, Paróquias pertencentes à Diocese de Brejo. Depois foi  pra S. Luís, onde esteve como Coordenador da Comissão Pastoral de Terra- CPT. Foi   Secretário Nacional do Comitê Episcopal França-América Latina, foi Reitor do Seminário Maior, Santo  Antonio, ocupou muitos outros cargos que eu  saberia  dizer aqui com precisão, por isso limito-me em fazer um breve resumo, incluindo nele sua nomeação a Bispo da Diocese de Viana - MA em 1998 onde  esteve até 2010, antes de se tornar Bispo Emérito.
Porque sou fotógrafo, foi isto que escrevi como título, no entanto pode parecer que  perdi aqui o fio da meada, como fala um dito popular; mas não, tudo isto, e muito mais faz parte do porque sou fotógrafo. Saindo de Brejo fui pra S. Luís, lá  cheguei com 15 anos incompleto, no meio do ano, cursando  a 7ª Série, diga-se de passagem, a mais difícil de todo o colegiado; fui morar  nas dependências da Igreja de Fátima, no Bairro de Fátima, o “respeitado Bairro de Fátima”. Foi lá que passei os principais dias de minha adolescência, posso dizer que lá foi um pouco onde tive meu Caráter moldado. Passei a ser o 6° morador daquela casa, que tinha três Freiras, o Secretário do Padre João de Fátima, Patrick Pardini, o filho do Fotógrafo que mais tarde viria a ser o meu professor prático de fotografia...vou chegar lá, e a pessoa responsável para me ajudar a descobrir minha vocação profissional. Na casa tinha, ou deveria ter o próprio Padre João de Fátima, que seria aqui na minha ordem (da minha narrativa), o 5° morador e dono da casa, que também era o Pároco de Fátima. Quando falei deveria ter, é porque ele estava na França, seu País de origem; foi para umas férias, depois da notícia da perda de sua mãe, e lá ficou um pouco mais, depois de sofrer grave acidente automobilístico. "Fui dar uma volta num carrinho que minha mãe deixou, havia chovido, um pouco de óleo na pista, cochilei um pouco...entrei em baixo de uma carreta parada”... foram mais ou menos uns 10 meses  hospitalizado na França. Antes de voltar já sabia sobre mim, e em uma mensagem que gravou numa fita K-7 para os moradores da  casa, digo, da Igreja, dirigiu  também a mim

Fiquei por 4 anos como Seminarista Menor, aprendi fotografar e revelar as fotos; Padre João  me incubia de fotografar algumas coisas da igreja e depois revelar as fotos, e  pedia para sempre usar filmes que pudessem ser revelados  lá  mesmo, que era no caso, o preto e branco.

Depois se comportar mal, o fotógrafo da casa foi despedido, e eu assumi o seu lugar como fotógrafo oficial

Depois de 4 anos na Igreja de Fátima, como Seminarista, indeciso quanto à Vocação   Sacerdotal, decidi a não ficar mais, apesar de Padre Xavier ter me aconselhado ao contrário. Algum tempo depois de deixar o Seminário, depois de ter trabalhado como corretor de imóveis, e 2 anos como vendedor lolista, da  Mara Confecções, na Rua Grade nº 301, resolvi pedir contas do emprego e montei um estabelecimento de foto, registrei uma Micro Empresa e assumi de vez a profissão,  que, apesar de tudo vejo como digna e mais bonita.


Fotografar me permitiu descobrir um mundo de beleza, que ao meu ver nenhuma outra   profissão faria. A história nos conta que antes da descoberta da captação de imagens através da luz, ou  da Escrita através da Luz, descoberta essa atribuída  a Aristóteles, entre 384 322 AC, ou ao pintor Leonardo da Vinci, em 1452 - 1519. Aristóteles foi filósofo, Leonardo da Vinci, um grande pintor; de qualquer forma, quem quer que tenha feito  tal descoberta, o investigador do porque das coisas, o Filósofo, ou alguém com habilidade de passar para uma superfície, quadro,  papel, etc. algo da imaginação, o pintor, que  antes da Fotografia retratava algo com tinta e pincel em alguma superfície.

O inventor  não descobriu tudo, deixou, e ainda existe, apesar da “Era Digital”, algo a ser descoberto a cada momento que se fotografa. E porque sou Fotógrafo? nem  sei se posso ser assim chamado, um nome tão bonito e tão digno, que requer qualificações, exige pratica, teoria... juntar  tudo isto e muito mais, descobrir o belo onde nem sempre é visível, arrancar de alguém um sorriso, registrando o seu melhor lado, fazendo-o (a) sentir que a natureza e o "Deus da Natureza" fez o lado belo, bonito e o positivo para contrastar com outro lado

Porque escolhi ser Fotógrafo, escrevi, mas alguém que me conhece ou que não conhece, e se deu o trabalho de ler toda esta bobagem que escrevi, talvez pense, ou pergunte mesmo: ele acha que é Fotógrafo? Eu respondo: Se Fotógrafo for aquele que, por uma razão ou por outra, ou por amor  mesmo...vocação, digo,escolheu ser, eu estou no caminho. E não seria só pra vender um pedaço de papel carimbado pela luz, por um preço insignificante, na maioria das vezes, por falta de opção ou por uma questão de sobrevivência.  O que faço, faço pra mim em primeiro lugar, a  questão do dinheiro no caso, encaro como pagamento que alguém precisa fazer a mim por um registro que julgue necessário ou interessante, que não seja pra me ajudar, assim como eu, quando compro algo de alguém não o faço pra ajudar, afinal somos todos dignos de receber pagamentos pelo trabalho que fazemos, “O operário é digno do seu salário”, disse certa vez Alguém em quem me inspiro. O dinheiro é uma conseqüência, como todos os frutos os são, e somos todos capazes de produzir frutos que alimentem a nós e aos outros, como somo somos capazes de escrever nossa história inspirada na vida e que ajude na inspiração pra muitas outras que serão contadas

Aqui uma foto de Patrick Pardini, cujo o nome falei no início do meu relato    acima
 
Patrick Pardini e Fábio Castro. Foto: Michel Pinh


1 comentários:

Anônimo disse...
Meu caro companheiro JEREMIAS FOTOGRÁFO, sou Edmilson Moura, teu amigo vc me conhece,já foi FOTOGRAFO e hoje sou MOTOTAXISTA em Bacabal-MA, com o numero de vaga 231, ou seja o colete 231, vc JEREMIAS é um exemplo de de vida para mim, quero aqui te dizer que DEUS te abençoe mais e mais, com muita humildade.
Ass. Edmilson Moura
Bacabal-MA
Celular (99) 8123-3244

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