Terra dos Tupinambás, dos franceses, dos holandeses, portugueses e
Africanos escravos.
Tupinambás, tribo indígena que habitava a
Ilha, em perfeita paz, e harmonia com a natureza.
Franceses, que, em homenagem ao Rei menino
francês, LuisXIII, deram à Ilha de Upaon-açu, o nome de S. Luís.
Holandeses, bravos conquistadores que aqui
se instalaram, e por aproximadamente 3 anos permaneceram.
Portugueses, responsáveis pela colonização
desta nação e desta Ilha, apesar de D.
Ana Joaquina Pereira, ou Ana Janssen. Sua fama de desumana, contudo,
nos proporcionou bons contos e lendas, que contamos aos visitantes
franceses, que aqui chegam em busca da França Equinocial
Aos holandeses, que encontram também sua história gravada em avenidas, que se andar um pouco descobre a
dos holandeses.
Aos
portugueses, que ao chegar aqui caminham em ruas calçadas com pedras de paralelepípedos, vindas de
Portugal, e andando um pouco, mais, descem
e sobem escadarias e andam em ruas estreitas ladeados por prédios, com suas
exuberantes sacadas e recobertos por azulejos. Se parar pra conversar, ouvirá
contos da patrícia Ana Janssen, de suas crueldades, das assombradas carruagens
em noite de lua cheia e de mulas sem cabeça, e ainda sobre os poços, onde
escravos eram jogados. E mais tarde num clima mais descontraído ouvirão engraçadas (pra nós), ”piadas de português”
Aos africanos, povos
sofridos, cuja historia se parece às vezes com a nossa, mas, a eles, agora
livres sem correntes, sem chicotes, sem senhores ou Capitães do mato.. .bom, a
eles, devemos fazer uma breve homenagem, não por pena, por terem em sua
história o registro de patrícios que foram pegos na marra, tirados de suas famílias, acorrentados e obrigados a viajar
durante meses em porões de Navios, e aqui serem recebidos como animais de
carga, sem nenhum prestígio e com serventia somente de tralhar para enriquecer
aos senhores, que sem dor e sem piedade os massacrava. Nossa homenagem, é sim,
pelo que representam como cultura, com suas danças, e crenças, estória de
bravuras dos seus antepassados, que, mesmo sem liberdade e distante dos seus, ainda, nas senzalas à noite, aos som dos
tambores, dançavam e cantavam suas tristezas. A eles, que aqui chegam e que, em
todos os becos, ruas e escadarias podem ver o resultado do trabalho do seu
povo, que aqui participaram da mistura das raças.
Hoje, São
Luís, é terra de todos. Não de brancos, de índios, ou negros, mas de Homens e Mulheres,
os que aqui moram ou chegam a passeio, e que, com dignidade ajudam a cultivar nossa história
e construir um verdadeiro progresso humano.
São Luís...cidade que me acolheu,
aos 14 anos de idade, que me ensinou e me proporcionou muitos motivos para o
despertar da vocação de registrar momentos, através de uma lente fotográfica. Mas
que, inspirado pelo barulho das ondas do mar, também escrevo, ou simplesmente
paro diante de tua beleza e da beleza das pinturas, das esculturas das toadas e
versos...dos artistas, que mesmo diante de tanto desequilíbrio e desigualdade
social, ainda pintam, cantam e escrevem sobre o lado intocável que tens...tua
história.
Parabéns São Luís.
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